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Sistema Circulatório




“Sistema circulatório”, é um projeto que resulta de uma parceria entre um artista visual e um arquiteto, em torno de um tema comum: a paisagem insular. Este tema tem vindo a ser investigado, de forma diversa, por cada um dos intervenientes.

Sistema circulatório é uma exposição que procura refletir, especificamente, acerca do papel da água na paisagem cultural da Madeira, reunindo diferentes representações vinculáveis à sensibilidade de quem habita, cultiva e projeta neste território, e que problematizam, ainda, a procura pelo equilíbrio entre o ser humano, a cultura e o lugar.

Com uma vertente marcadamente educativa, pensada para uma comunidade educativa em particular e os seus diferentes níveis de ensino, esta exposição apela à flexibilidade e cruzamento disciplinar – a Educação Visual e Tecnológica; Educação Visual; História e Geografia de Portugal; Geografia; Ciências Naturais, etc.

Propõe-se, com este projeto, potenciar a literacia da paisagem, capaz de desenvolver competências no âmbito da observação ativa, da fixação, do registo, da avaliação e da exposição dos diferentes processos e esferas implicadas na definição do conceito de paisagem e a sua transformação, de modo a garantir o reconhecimento dos impactos que colocam em causa o seu futuro, isto é, o bem-estar das pessoas que nela habitam e constroem um sentido de pertença.

Propõe-se o levantamento de reflexões e discussões sobre a transformação dos sistemas de produção agrícola e energética, como é o caso dos poios/socalcos e das levadas, como forma de reencontro da sua original vocação produtiva, em alternativa ao abandono ou à sua passiva contemplação.

Sem pretender o regresso aos tempos de servidão, que outrora dominavam, nem tender para uma visão nostálgica, a construção desta narrativa visual tem como objetivo: entender os ritmos dos processos de transformação; estimular o imaginário da paisagem cultural; perspetivar oportunidades e encontrar ferramentas de representação articuladas e integradas que transcendam os métodos convencionais.

Aqui a paisagem cultural, materializada por sistemas multiseculares como os poios e as levadas, é entendida não só como uma exploração económica dos recursos, mas também como reflexo de uma cultura a preservar, como arquivo da manifestação espacial de uma sociedade e como construção de um imaginário individual e coletivo através da sua representação (cartografia, iconografia, desenho).


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